Sensor apresenta leve aumento em maio, impulsionado pelas vendas, pelo emprego e pelo investimento.
O Sensor fecha o mês de maio em 50,3 pontos, resultado que aponta para o aumento moderado da atividade industrial paulista. Comparado ao mês anterior, quando marcou 42,9 pontos, o indicador registrou alta de 7,4 pontos. Esta elevação é pautada pelo crescimento de todos os fatores analisados na pesquisa. Leituras acima da linha dos 50,0 pontos indicam crescimento da atividade.
O indicador de mercado (setor de atuação) registra 48,0 pontos neste mês, resultado superior aos 45,8 pontos do mês de abril. Mesmo com crescimento, o resultado se mantém abaixo da linha dos 50,0 pontos, o que sinaliza a piora das condições de mercado para a indústria paulista no mês.
Os estoques registram 46,5 pontos em maio e permanecem acima do planejado. Nem mesmo a elevação do indicador em 3,5 pontos em relação ao último mês (quando registrou 43,0 pontos) foi capaz de ultrapassar os 50,0 pontos, o que mantém a perspectiva de estoques acima do planejado.
As vendas indicam avanço no mês de maio, ao registrarem 50,7 pontos. A elevação de 8,5 pontos em comparação ao mês de abril (42,2 pontos) gera uma inversão do cenário de queda para crescimento moderado na leitura maio. Resultados acima de 50,0 pontos apontam para aumento das vendas.
O emprego é mais um dos indicadores que se movimenta para o crescimento na leitura atual (50,8 pontos) após redução observada no mês de abril (44,4 pontos). Com a elevação de 6,4 pontos o indicador supera a marca dos 50,0 pontos, o que aponta um panorama de aumento do emprego.
Por fim, o investimento com 57,6 pontos é o componente com a maior variação entre os indicadores, subindo 16,0 pontos frente a abril (41,4 pontos). Leituras acima dos 50,0 pontos sinalizam crescimento dos investimentos na indústria paulista no mês.
Todos os dados acima contemplam o tratamento sazonal.
Os resultados de maio do Sensor não mitigam a perspectiva da Fiesp e do Ciesp de um ano desafiador para a indústria da transformação. A manutenção da taxa de juros em patamar elevado pela sexta reunião seguida (desde agosto de 2022), o ambiente ainda contraído de concessão de crédito e os sinais de desaceleração econômica no mundo, com o aumento nas taxas básicas de juros em mercados como o do Estados Unidos e da União Europeia, reforçam a expectativa de um ano delicado para a atividade industrial.
